A defesa no contexto das alterações climáticas

Os efeitos adversos das alterações climáticas estão a acentuar a escassez de recursos, a potenciar conflitos e a instabilidade geopolítica, o que irá exigir uma maior necessidade de intervenção das Forças Armadas em operações de apoio humanitário e de gestão de crises, as quais, por sua vez, irão atuar em ambientes mais exigentes para o desenvolvimento das suas operações.

De forma a preparar a Defesa para os desafios que já se fazem sentir e aqueles que se avizinham, instituições como a União Europeia e a NATO estão a interiorizar as alterações climáticas no seu pensamento estratégico e a definir orientações para melhorar o conhecimento sobre os efeitos no sector, ao mesmo tempo que procuram adaptar as Forças Armadas a esta realidade e aumentar a resiliência das mesmas, promovendo a mitigação deste fenómeno. Neste contexto, a descarbonização da atividade militar, até onde for possível e salvaguardando sempre a eficácia das missões e operações, assumirá uma relevância acrescida.

Neste sentido, a DGRDN realizou uma ação de sensibilização no passado dia 24 de junho, no auditório do MDN, com o objetivo de discutir todos estes temas e proporcionar um momento de reflexão conjunta sobre a melhor forma de abordá-los. A ação contou com a presença de diversas entidades da Defesa, nomeadamente o Estado-Maior General das Forças Aramadas, os três Ramos das Forças Armadas, o Instituto de Defesa Nacional e a Inspeção-Geral da Defesa Nacional, e ainda com a idD Portugal Defence e a ADENE – Agência para a Energia.

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